A escravidão no mundo
Uma das formas comportamentais mais cruel e desumana já praticada pelos seres humanos em sua história chamava-se escravidão. Ela retirava todo sentimento de humanidade que poderia haver naquele que a praticava.
A escravidão transformava aquele que tinha a posse de alguém em senhor e a pessoa submissa a ele em escravo. Era a imposição da força de uma pessoa ou grupo sobre outros mais fracos.
O escravo ou servo não era visto como ser humano, e sim, como um animal ou uma mera mercadoria. Podendo até ser descartado a qualquer momento pelo seu amo.
Alguém ou nascia escravo, por ser filho de escravos, ou se tornava um, por dívidas contraídas e não pagas, ou por pertencer a um povo conquistado em guerra. Esta última forma de constituir alguém em escravo era a mais comum, por causa das constantes lutas entre povos pela aquisição de novos territórios no passado.
Quando falamos de escravidão no Brasil, nos vem logo à mente os negros africanos. Porém, a escravidão praticada aqui, não foi uma das primeiras a ocorrer, podemos até dizer que a nossa foi tardia.
A escravidão era uma prática social de há muito tempo e não só entre negros africanos. Ela surge quando o homem passa a viver em comunidade e a interagir com outros grupos sociais. Na Grécia Antiga, Esparta, Roma e Oriente Médio, ela já era muito praticada, inclusive entre os índios aqui no Brasil. Nesses locais, a escravidão tinha suas particularidades.
Diante da brutalidade que era a escravidão, qualquer livro hoje que a retrate como algo bom e necessário certamente seria muito criticado e reprovado pela grande maioria das pessoas que o lesse.
A escravidão na Bíblia
A Bíblia, cujo inspirador acredita-se ser deus, indubitavelmente, deveria reprovar veementemente essa prática primitiva que marcou de forma negativa a humanidade. Ela deveria, por certo, apresentar fortes e irrefutáveis argumentos contra essa prática tão criminosa e desumana. Condenando inclusive aqueles que a utilizaram no passado. Sendo, pois, a Bíblia, a palavra de um deus que criou todos os homens livres e dotados de livre-arbítrio, jamais endossaria ou seria conivente com tamanha crueldade como foi a escravidão.
Se nós humanos pecadores(?) e mortais não mais aceitamos tal prática em nossos dias, o que dizer de um deus amoroso, imparcial, todo-poderoso e atemporal? Pensaria ele de forma diferente?
A lógica e a razão apontam que não, porém, os contos bíblicos nos mostram justamente o contrário.
A Bíblia vai exatamente na contramão quando o assunto é a escravidão.
De acordo com os relatos bíblicos, os hebreus passaram 400 anos na condição de escravos, sendo torturados e forçados a trabalhar na terra do Egito.
Por terem sentido na pele a tortura que era ser um escravo ou servo, os hebreus, com efeito, não admitiriam em seu meio conduta similar à que fora praticada no Egito em seu desfavor.
Somente quem conviveu com a escravidão sabe o quanto ela é malévola.
Contudo, Eles, pelo que parece, não aprenderam a lição, e impuseram a escravidão não só a outros povos, mas também entre seu próprio povo.
Mas por que os hebreus fizeram isso?
A resposta é muito simples. Porque os hebreus não tinham nenhuma orientação de deus algum. Suas ideias e opiniões sobre o mundo eram iguais aos demais povos.
Vejam o que Jeová fala aos hebreus logo que saem do cativeiro egípcio:
“Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.” Êxodo 20:10
O deus, Javé, menciona que os servos e servas dos hebreus não poderiam fazer obra alguma nos dias de sábado. Ele vê a escravidão como algo supernatural e aceitável.
Pra Jeová, o deus do deserto, desumano era os hebreus serem escravos, mas eles mesmos terem os seus próprios escravos, não. E o pior é que esse deus admite a escravidão entre os próprios hebreus. Eles poderiam fazer de outros hebreus seus escravos.
O deus israelita, na estória do Êxodo, quando libertou os hebreus não estava se levantando contra o sistema escravocrata do Egito, apenas não aceitava que outros povos escravizassem os hebreus. A escravidão para o deus, jeová, era algo que não devia ser mudado.
Você acha isso razoável?
Que deus é esse que se intitula como deus de amor e ao menos tempo age com o mesmo grau de crueldade que aqueles que ele supostamente procura condenar por tais práticas?
Não ensinou Jesus que até os nossos inimigos deveríamos amar e orar por eles?
Que discrepância é essa entre o que é praticado pelo deus do Velho Testamento e aquilo que fora ensinado por seu filho Jesus?
Notem essa declaração hipócrita de Jeová: “Não oprimirás o estrangeiro, pois conheceis o que sente o estrangeiro, vós que o fostes no Egito.” Êxodo 23:9
Hipócrita, hipócrita e hipócrita!
Será que esse deus muda de opinião conforme o tempo e as circunstâncias?
Quando lemos a Bíblia facilmente concluímos que a escravidão sempre existiu entre os hebreus, ocorre, porém, que ela foi institucionalizada a partir da saída dos hebreus do cativeiro egípcio. Talvez a escravidão entre os hebreus antes do cativeiro fosse igual aos dos outros povos, mas que após sua saída, novas regras ao sistema de escravatura hebraica tenham sido fixadas.
Veja, por exemplo, essa passagem onde o próprio deus hebreu fixa essas regras.
“Estes são os estatutos que lhes proporás:
Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá livre, de graça. Se entrou só com o seu corpo, só com o seu corpo sairá; se ele era homem casado, sua mulher sairá com ele. Se seu senhor lhe houver dado uma mulher e ela lhe houver dado filhos ou filhas, a mulher e seus filhos serão de seu senhor, e ele sairá sozinho. Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair livre. Então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre. E se um homem vender sua filha para ser serva, ela não sairá como saem os servos. Se ela não agradar ao seu senhor, e ele não se desposar com ela, fará que se resgate; não poderá vendê-la a um povo estranho, agindo deslealmente com ela. Mas se a desposar com seu filho, fará com ela conforme ao direito das filhas. Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem o seu vestido, nem a sua obrigação marital. E se lhe não fizer estas três coisas, sairá de graça, sem dar dinheiro. Êxodo 21:1-11
A crueldade que os hebreus deveriam praticar a mando de seu deus, que em nada era diferente dos deuses chamados de falsos por eles, é de impressionar.
Um servo hebreu teria, se um dia fosse liberto, de deixar seus filhos e mulher para seu senhor, caso este tivesse lhe dado uma esposa, isso porque sua esposa era tida como um objeto pertencente ao seu senhor, logo, todos os filhos que ela desse à luz, também pertenceriam a ele.
Isso é justiça? Isso é misericórdia? Isso é demonstração de amor e piedade?
Percebam a tamanha crueldade da lei santa(?) desse deus imaginário que, astutamente, sabe que ninguém deixaria seus filhos e esposa para trás. Esse deus é tão bandido que sabendo disso quer, na realidade, que ninguém saia jamais da condição de escravo. Pai algum deixaria seus filhos na condição de escravos, preferiria morrer, com certeza, na mesma condição deles a abandoná-los.
Comparem a passagem bíblica acima com essa: “E quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas.
Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles e das suas famílias que estiverem convosco, que tiverem gerado na vossa terra; e vos serão por possessão.
E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir; mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreareis com rigor, uns sobre os outros. Levítico 25:44-46
Essa passagem não só entra em contradição com a anterior, mas também, nos revela a hipocrisia do deus imaginário, Jeová. Como dito anteriormente, ele não vê nada demais em escravizar pessoas, desde que elas, é claro, não sejam hebreias.
A escravidão imposta pelos hebreus a outros povos teria caráter perpétuo, mas a que era imposta a um escravo hebreu não era. O estrangeiro que estivesse no meio de Israel, caso adquirisse um escravo hebreu, deveria libertá-lo mais tarde.
O machismo e a poligamia na comunidade hebreia
A cultura hebraica era machista, assim esta impunha às mulheres uma condição de inferioridade com relação aos homens. As filhas de um hebreu, por exemplo, poderiam ser vendidas como escravas a outros hebreus de maior posse, é claro, mas não se menciona que o mesmo poderia acontecer aos filhos homens.
Que princípio moral é esse desse deus hebreu?
Que deus miserável é esse que as pessoas insistem em querer adorar?
Ao contrário do que muitos pensam, os homens santos que compunham a nação santa de um deus que se dizia também ser santo, podiam ter diversas mulheres. Sim, os hebreus do sexo masculino eram maridos se quisessem e pudessem de diversas esposas, sem falar das servas que muitas vezes eram usadas por seus senhores como escravas sexuais, principalmente, quando as suas esposas estavam no período menstrual ou eram estéreis.
Os homens hebreus poderiam até recusar uma mulher se não se agradassem dela mesmo já tendo tido relações sexuais com ela. A mulher era vista como um objeto descartável, servindo apenas para saciar os desejos sexuais de seus maridos e dar-lhes filhos, preferencialmente homens.
Os hebreus davam às suas mulheres o mesmo tratamento que os demais povos ao seu redor davam às suas. Eles as viam como verdadeiras mercadorias. As mulheres se dirigiam a eles como meu senhor. Esse era o mesmo tratamento que os escravos tinham para com o seu dono, não é mesmo?
Quem vê nisso inspiração divina é um ignorante pior que os próprios hebreus que criaram essa aberração chamada Jeová.
Sim, nunca existiu para os hebreus essa estória de fidelidade conjugal, sobretudo, quando se tratava do sexo masculino.
E é óbvio o motivo que isso fosse assim. Os hebreus faziam parte de uma comunidade na qual a presença masculina era dominante. Quem mandava era o homem. A força física era a que imperava nas relações humanas naquela época. Não é por nada que até seu deus era idealizado por eles como um deus guerreiro, um varão, poderoso e forte.
Nessa comunidade primitiva, as mulheres tinham três papéis: gerar filhos, dar prazer a seu marido e cuidar dos afazeres domésticos. Essa condição das mulheres, em muitas partes do Oriente Médio, persiste até os dias de hoje.
A estória bonitinha de deus criar Adão e lhe dar uma só esposa é uma farsa. Até hoje, nas igrejas, pastores e padres citam essa passagem como sendo digna de ser copiada por aqueles que estão diante do altar para se casarem.
Há relatos extra Bíblia que nos contam que Adão, na realidade, teria tido uma outra esposa antes de Eva, seu nome seria Lilith. Aparentemente, essa estória de uma primeira esposa de Adão, parece ser sem sentido, sobretudo, quando lemos a Bíblia, mas conhecendo o histórico dos hebreus e de sabermos que sua cultura não prezava a monogamia, mas sim, a poligamia, não podemos estranhar tanto assim. E por incrível que pareça, podemos encontrar o nome de Lilith em diversas passagens em Bíblias mais antigas, o que comprovaria em parte a sua estória com Adão.
Os israelitas como já disse sempre adotaram a poligamia como prática.
Patriarcas como Abraão, Isaque, Jacó e seus filhos cujas estórias são bem mais anteriores que as estórias do Êxodo, já praticavam a poligamia. Eles tinham diversas esposas, além de servas.
Servos e servas naquele tempo não eram senhores nem de seus próprios corpos, estes também estavam à disposição de seus senhores.
Para confirmarmos isso, basta, para tanto, darmos uma olhada na estória de Abraão cuja esposa era Sara. O relato nos conta que essa mulher era estéril e para dar filhos herdeiros a seu marido, teria lhe entregue sua serva Agar para ter relações sexuais.
Você não vê nisso um adultério?
Acontece que para a cultura dos hebreus, para seu deus Jeová e para demais povos isso não era.
O adultério é explícito, pois casado com a serva, Abrão não era. Acontece que Agar era escrava, por isso que sem hesitação deitou-se com seu senhor, Abraão.
Por que deus permitiu tais práticas
Muitos crentes afirmam que isso era permitido por deus porque não havia ainda a lei judaica com suas restrições. Só que isso não é verdade!
A monogamia teria substituído a poligamia muito, muito, muito tempo depois. E não foi nem um deus que a estabeleceu como regra, pelo contrário, os deuses, em sua grande massa, eram representados como tendo muitas esposas, fora as puladas de cerca que eles costumavam dar quando se envolviam com alguma mortal ou mesmo algum animal.
A desculpa encontrada pelos crentes para justificar a maldade de seu deus primitivo tão ignorante quanto àqueles que o criaram em permitir entre as fileiras dos israelitas a prática desumana da escravidão e da poligamia é dizer que não foi deus que as criou, mas os homens e sendo assim, ele não poderia interferir nelas.
Mesmo que aceitemos essas mentiras como verdadeiras, dificilmente elas se sustentariam ao examinarmos a Bíblia.
Se o sistema de escravidão foi criada pelo homem e deus não poderia interferir nele, então por que ele se interferiu na escravidão imposta pelos egípcios aos hebreus?
Que incoerência é essa?
Como um deus que mata crianças, mulheres grávidas, velhos, bebês e animais com o pretexto de que a maldade havia se tornado insuportável não poderia demonstrar sua insatisfação ou desacordo também com a escravidão e a poligamia?
Que deus é esse que os costumes dos homens se sobrepõem a suas leis morais?
E a Bíblia chama Jeová de o rei da terra, o Soberano Senhor. Que grande senhor é esse que não se impõe?
Por que se o motivo de se permitir que Abraão e outros tivessem sexo com suas servas fossem a falta da lei, então por que mesmo depois que essa foi instituída, Saul, Davi, Salomão tiveram muitas servas e concubinas além de suas esposas?
Por que então Abraão quando enganou o rei Abimeleque, este declarou que cometeria um pecado se tivesse deitado com Sara? Por acaso esse rei pagão tinha alguma lei para que pensasse assim?
É lógico que não!
A Bíblia está repleta de exemplos que mostram que não se tratava de existência ou não de lei judaica, mas de um costume dos povos antigos e que era também seguido pelos hebreus.
Jacó, por exemplo, quando foi até a casa de sua mãe, casou-se com a filha mais velha de Labão, seu tio, e este depois disse que era costume em sua terra dar primeiro a mais velha e só em seguida se entregava a filha mais nova, ou seja, a poligamia era um costume.
Esse mesmo Jacó, segundo a lenda bíblica, foi quem deu origem as 12 tribos de Israel, sendo que a maioria desses 12 filhos que formaram essas tribos veio de diferentes mães.
E para acabar de vez com a falácia dos crentes, vamos nos lembrar de dois casos, o de Gideão e seus 300 homens e o de Jefté. As estórias desses dois homens escolhidos pelo deus de Israel, para guiar seu povo em batalhas épicas, acontecem muito, muito tempo depois que Israel já teria a lei de Moisés. Juízes 6,7 e 8
“E teve Gideão setenta filhos, que procederam dele, porque tinha muitas mulheres. E sua concubina, que estava em Siquém, lhe deu à luz também um filho; e pôs-lhe por nome Abimeleque.”Juízes 8:30,31
Se depois da lei de Moisés, o povo hebreu era um povo que prezava pela monogamia, então o que dizer do caso de Gideão?
“Era então Jefté, o gileadita, homem valoroso, porém filho de uma prostituta; mas Gileade gerara a Jefté. Também a mulher de Gileade lhe deu filhos, e, sendo os filhos desta mulher já grandes, expulsaram a Jefté, e lhe disseram: Não herdarás na casa de nosso pai, porque és filho de outra mulher. Juízes 11: 1,2
Estão vendo como a prostituição era a coisa mais normal para os do povo de deus? O nosso outro exemplo, Jefté, era filho de uma prostituta com seu valoroso pai, Gileade, que já possuía outra mulher. Mesmo assim, o deus hebreu não via nada demais o valoroso Gileade, de vez em quando, se divertisse um pouquinho, afinal de contas, até Gileade era filho de deus!
É claro que com a lei ou sem a lei nada havia mudado, os hebreus continuaram fazendo o que era a praxe não só entre eles, mas também entre os povos em sua volta, praticavam abertamente a poligamia, pois, em nenhum momento, a lei de Moisés chegou a proibi-la.
A ignorância dos crentes é espantosa quando o assunto é Bíblia.
Um povo que se dizia escolhido do deus verdadeiro deveria ser um exemplo em termos de moralidade, justiça, comportamento ético e civilidade entre os povos. Esse povo deveria ser uma referência. Todos os povos deveriam querer adorar o deus que era adorado por esse povo.
Mas ninguém queria adorar Javé, nem mesmo o povo que ele escolheu como seu dentre os muitos das nações pelo mundo. E por que não? Simplesmente porque os hebreus e seu deus primitivo não tinham nada de especial em relação aos outros povos e seus deuses. Eram os judeus que queriam imitar outros povos. Vejam, por exemplo, que, segundo a Bíblia, os hebreus não tinham reis, mas desejaram ter um como as nações tinham. Quer dizer, os hebreus copiavam a estrutura social dos povos mais fortes que eles. E isso é supernatural, até hoje isso é assim.
Por tudo que já foi dito, concluímos que Javé não só permitiu a escravidão como também estabeleceu novas regras entre seu povo, inclusive proibindo-a entre seus amados filhos hebreus. Jeová dizia: Escravizem os outros, mas não escravizem meus hebreus.
Não é preciso ir muito longe para ver de pronto que os crentes mentem.
A Bíblia os envergonham!
A origem da escravidão e da poligamia segundo a Bíblia
A primeira menção de escravidão ou servidão está no livro de Gênesis com o relato do vinhedo de Noé. Nele Noé condena por meio de uma maldição Cã, seu filho mais novo, e todos os descentes desse por todas as gerações a serem escravos de seus outros irmãos, Sem e Jafé.
Os hebreus abençoava ou amaldiçoava alguém ou alguma coisa sempre em nome de seu deus, portanto, com Noé não teria sido diferente ao amaldiçoar seu filho.
Observem as palavras de Noé abaixo e confirmem o que foi dito acima:
“E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.” Gênesis 9:24-27
A poligamia também extraímos do próprio contexto da estória de Noé, pois foi dito que ele e seus filhos deveriam se tornar muitos, logo, teriam que possuir diversas esposas entre seus próprios parentes.
Se isso não bastar, podemos recorrer ainda a estória do segundo homicida registrada na Bíblia, Lameque.
“E tomou Lameque para si duas mulheres; o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá.” Gênesis 4:19
Logo, é a própria Bíblia que afirma que o sistema de escravidão e a poligamia entre os povos partiram a princípio dos hebreus. Eles é que teriam dado início a duas práticas hoje consideradas desvios de conduta e de comportamento moral.
Javé, quando trouxe o dilúvio e mandou que os hebreus invadissem as terras dos cananeus não viu nada de errado na poligamia e na escravização que eram praticadas ali. E por que acharia, se seu povo há muito tempo, segundo a visão bíblica, não só as praticava como também teria dado origem a elas?
Quanto à outra desculpa de que deus não interfere na esfera particular das pessoas, podemos afirmar com a mais plena certeza, outra vez, de que isso é mentira.
Basta voltamos às páginas da Bíblia e vermos o quanto esse deus se intrometeu por diversas vezes na vontade das pessoas e que ele ao contrário do que falsamente é afirmado pelos crentes, ele não respeita livre-arbítrio nenhum.
“Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, por isso o Senhor o matou.” Gênesis 38:7
Deus matou um homem simplesmente porque ele era mau. Onde está o respeito pelo livre-arbítrio do homem? Ele não era livre para fazer suas próprias escolhas em sua vida? Então por que deus foi e o matou?
O quanto de pessoas más muito piores que esse homem havia naquele tempo? Matar alguém só por causa de sua maldade não é justificativa, sobretudo, para um deus que diz que não se deve matar.
Não dizem os crentes que quando alguém vai e mata uma outra pessoa, deus só não age por causa do livre arbítrio da pessoa que é respeitado por deus?
Temos a Torre de Babel, onde vemos deus se intrometendo na vida das pessoas, a estória com Nabucodonosor, onde esse rei pagão é condenado a viver 7 anos na condição de animal pelo deus hebreu. A morte dos primogênito do Egito é um outro exemplo.
São inúmeros os exemplos da intromissão de Jeová no cotidiano dos hebreus e das pessoas gentios( não hebreu).