O adultério nas páginas da Bíblia
Essa estória escandalosa e imoral cometida por um servo do deus santo, Jeová, vem de um filho de Jacó, aquele que além de enganar seu pai Isaque, roubou a primogenitura de seu irmão, Esaú.
Pois bem, Judá, um dos filhos de Jacó que vendeu o irmão, José, como escravo, era um homem casado, sua esposa se chamava Sua.
“E aconteceu no mesmo tempo que Judá desceu de entre seus irmãos e entrou na casa de um homem de Adulão, cujo nome era Hira, E viu Judá ali a filha de um homem cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a por mulher, e a possuiu.” Gênesis 38:1,2
Com esta mulher, Judá teve filhos. Entre os hebreus, pelo menos, é o que deixa claro, a passagem bíblica, havia diversos costumes entre os quais: matar os adúlteros e o de um homem, se morresse sem deixar filhos, seu irmão teria que tomar para si a esposa que foi sua e com ela gerar filhos para seu irmão que havia morrido.
Percebam que essa estória se passa num momento em que os hebreus ainda não haviam recebido a lei de Moisés, isso só ocorreria uns 400 anos depois, quando os israelitas sairiam da condição de escravos do Egito.
O costume hebreu, portanto, não era lei, mas era observado como tal. Algo não muito diferente que ocorre nos nossos dias, porquanto as leis inicialmente surgem, em geral, de um costume.
Esse costume entrava em choque com o que fora mais tarde proibido pela lei de Moisés que proibia que um irmão descobrisse a nudez da mulher de seu irmão. A lei, na verdade, proibia relacionamentos conjugais entre parentes muito próximos.
Porém, mesmo diante da lei proibindo esses relacionamentos parentais, esse costume se sobrepôs a lei de Moisés.
Bom, o escândalo da estória de Judá vem agora. Tamar havia casado com primogênito de Judá, porém, ele morreu sem deixar filhos, portanto, o costume dizia que o filho subsequente teria que tomar a esposa de seu irmão e suscitar-lhe filhos; e isso se deu, entretanto, o segundo filho de Judá morreu também sem deixar filhos. Assim, o terceiro filho teria que tomá-la como esposa e dar filhos a seu irmão morto, só que esse terceiro era menor, então a mulher teria que esperar até que esse completasse idade suficiente para possuí-la.
Ocorre, que, anos se passaram, o filho amadureceu e nada de Judá entregá-lo a Tamar. Portanto, Tamar fez o seguinte: soube que Judá passaria por uma fonte, então, se despiu dos vestuários de viuvez e disfarçou-se prostituta e o esperou.
Quando Judá viu aquela prostituta desejou ter relações sexuais com ela. Assim, Tamar conseguiu engravidar, não do filho de seu sogro, mas do próprio. Gênesis 38:1-30
Vamos entender como os hebreus entendiam o adultério. Para um hebreu, o adultério só se dava quando um homem casado tinha relações sexuais com uma mulher também casada.
Eles consideravam o adultério um pecado porque a mulher de um homem hebreu era tida como propriedade, uma posse sua, além disso a mulher lhe devia lealdade como seu senhor. A mulher hebreia era uma de suas propriedades, logo quando um outro homem vinha e a possuía, violava o direito de posse desse homem sobre ela. Era como se aquele homem hebreu estivesse lhe roubando.
Um homem casado ou solteiro ter relações com uma mulher solteira ou com uma escrava não era considerado adultério. Por isso que Judá mesmo sendo casado com Sua pôde transar até com uma mulher que ele achava ser prostituta e não ser condenado a morte pelos costumes dos hebreus e nem por Jeová.
Nesse ponto, os crentes tentam justificar dizendo que a mulher não era prostituta. Mas a questão não é essa. A questão é que Judá sabia que ter relações sexuais não era crime ou violação alguma de qualquer costume hebreu. Pois se houvesse, não teria sequer se aproximado de uma suposta prostituta.
A prostituição também na cultura dos hebreus era condenada, porém, essa condenação não atingia o homem, mas tão somente as mulheres. Os homens podiam se prostituir a vontade, a mulher, não.
A lei de Moisés quando foi fixada proibiu que as filhas dos hebreus fossem dadas a prostituição. Mas ainda assim, não a estendeu para os homens.
Na Bíblia, há diversos relatos de prostituição que não deu em nada quando o envolvido era o homem. Dentre eles, podemos mencionar o famoso rei Davi!
E quer dizer do caso do poderoso Sansão?
“E foi Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela.” Juízes 16:1
É, o povo de deus adorava uma prostituta. A prostituição é uma das profissões mais antigas que há, até bem mais antiga que a profissão de ser deus.
Alguns crentes afirmam que o relato não diz que Sansão teria feito sexo com a prostituta, e sim, que usou a casa da prostituta para se esconder dos filisteus. O que você acha? Pode haver dúvidas quanto a isso?
É claro que não. Essa é mais outra desculpa dos crentes para proteger a integridade moral, mas já toda desgastada da Bíblia. Há Bíblias antigas que mostram que a expressão “entrou à ela” significa ter relações, passar à noite com ela, procurar os serviços sexuais de uma mulher que, nesse caso, foi o de uma prostituta. Percebam que nem perseguido Sansão estava, pois senão, não iria justamente à casa de uma prostituta que, naquele tempo, era um local bastante procurado e que sempre havia visitantes.
Como já dito e fortemente provado aqui, os hebreus encaravam a prostituição como aquelas saidinhas de final de semana que os homens de hoje fazem. Transar com uma bela de uma prostituta era uma diversão mui apreciada pelos homens cheios de espírito santo da parte de Jeová.
O que um homem ficaria fazendo até à meia-noite deitado na casa de uma prostituta, senão utilizando de seus ofícios sexuais?
O que você imaginaria se visse alguém saindo na calada da noite da casa de uma prostituta?
Um homem cujo espírito de deus estava sobre ele, creio que escolheria um ambiente mais decente e compatível com a ética moralista de seu deus, não acha?
Além do mais, com o histórico imoral e pervertido dos hebreus quem em sã consciência irá acreditar que um homem cuja força foi capaz de rasgar um leão ao meio e matar mil homens com “uma rabada” de jegue, estaria se escondendo agora de uns poucos filisteus.
Quando lemos esses relatos com atenção, percebemos que a moral e a ética que conhecemos hoje nunca estiveram presentes nas páginas da Bíblia, sobretudo, nas do velho testamento.
Princípios morais e a ética para eles eram fazer essas coisas.
Isso é assim porque as leis, os costumes e o modo como as pessoas encaram as coisas, em sua volta, mudam com o passar dos tempos e o lugar.
O que vemos nas páginas da Bíblia não são as ideias de um deus todo sábio, atemporal, moralista e ético que teria inspirado seus escritores, mas apenas as ideias de um povo primitivo e ignorante quando comparados com o homem hodierno.
Não há nada na Bíblia que possamos tomar como modelo moral e ético, mesmo alguns dos conselhos que encontramos no novo testamento não podemos dizer que são exclusivos da Bíblia. Pois, enquanto Jesus ensinava a todos os seus contos na “terra santa”, se é que os ensinou algum dia; do outro lado do mundo que era desconhecido aos judeus e a Jesus havia outros povos que pregavam o perdão, a honestidade, a justiça e o amor.
Essas virtudes que tanto valorizamos hoje não vieram ou foram implantadas no mundo pelo cristianismo inspirado nos contos de Jesus; mas, da evolução das pessoas em seu meio social. Elas foram vendo, por si só, que ser honesto, bondoso e amoroso, para com outros, contribuía para boa convivência e paz social.
A mulher é desvalorizada na Bíblia
As aberrações bíblicas não param por aqui em termos de escravidão e desvalorização da mulher.
A pessoa que abre a boca pra dizer que esse livro é sagrado e inspirado por um deus, eu diria com todas as letras, esse alguém é louco e um completo débil mental.
Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando alguém fizer particular voto, segundo a tua avaliação serão as pessoas ao Senhor. Se for a tua avaliação de um homem, da idade de vinte anos até a idade de sessenta, será a tua avaliação de cinqüenta siclos de prata, segundo o siclo do santuário. Porém, se for mulher, a tua avaliação será de trinta siclos. E, se for de cinco anos até vinte, a tua avaliação de um homem será vinte siclos e da mulher dez siclos. Levítico 27:1-5
Para Jeová, o voto de uma mulher vale a metade do declarado por um homem. Vai ver que foi por essa razão que os discípulos de Jesus quando ouviram das mulheres que seu mestre havia ressuscitado, não o acreditaram.
A Bíblia, no capítulo 19, do livro de Juízes, nos traz uma estória terrível que nos revela como os homens do passado encaravam as mulheres.
É a estória de um levita que morava em uma localidade bem distante que resolveu trazer para sua casa uma mulher rapariga e transformá-la em sua concubina. Dias se passam e a mulher o trai com um outro homem e foge para casa de seu pai.
O levita apaixonado resolve ir atrás de sua amada e acalorada concubina. Depois de alguns dias na casa do pai da concubina, o casal apaixonado resolver retornar a seu ninho de amor abrasador.
O apaixonado casal por causa da falta de hospitalidade dos moradores da região por qual passava resolve aceitar o convite de um morador local que lhe oferece pousada. A certa altura da noite, entretanto, chegam à porta daquele velho e bondoso senhor um grupo de arruaceiros, pervertidos e delinquentes homens, exigindo que o homem israelita saiam para satisfazer seus insanos desejos sexuais.
O velho mostrando que era mui hospitaleiro e que jamais poderia deixar que tais homens fizessem com seu hóspede tamanha afronta, resolve dar para deleite daquela turba sua filha, uma moça virgem e de quebra a concubina do hóspede.
Porém, os homens não o quiseram, assim, o levita desesperado pegou sua concubina pelo braço e a arrastou para fora, onde ali, os esfomeados por sexo tiveram relações durante a noite inteira.
Pela manhã, o levita ao sair da casa para ir embora como se nada tivesse acontecido, se depara com a mulher desfalecida.
Diante disso, o levita a coloca no jumento e a leva sua casa, chegando lá, ele a divide em 12 pedaços e os distribui a cada uma das 12 tribos de Israel como forma de protesto pela brutalidade por que sua amada concubina havia passado numa noite macabra que só a Bíblia, o livro sagrado de deus, seria capaz de nos presentear.
Que lição de moral, ética e princípios se pode extrair dessa estória desumana e imoral para nós e nossos filhos? Poderia você contar tal estória para sues filhos como forma de fé e encorajamento para eles? Que sentido moral se pode extrair dessa suposta alegoria? Alguns crentes agora querem ver as estórias asquerosas da Bíblia, quando estas se revelam claramente repugnantes como alegorias, tudo para não escandalizar as sagradas escrituras.
As mulheres para os hebreus eram verdadeiros objetos que poderiam ser descartados quando eles bem entendessem, essa estória nos mostram o verdadeiro valor que uma mulher naquela sociedade patriarcal e primitiva tinha.
Você vê nisso alguma inspiração divina, a mão de um deus todo amoroso e justo?
E o que dizer do mito da criação da mulher chamada Eva?
Um dos relatos de Gênesis sobre a criação relata que o homem foi criado primeiro que a mulher. Esta, contudo, teria se originado a partir da costela retirada do corpo de Adão. O conto bíblico continua dizendo que por causa da mulher que foi facilmente enganada pela serpente entrou as desgraças no mundo dos homens. Gênesis 3:1-24
Ocorre que quem escreveu essa estória foi um hebreu primitivo da época do bronze, onde a mulher não tinha vez, pois nessa cultura completamente machista e excludente, o homem ditava as leis, regras e costumes. Foi por esse motivo que, nesse conto bíblico, a perda do paraíso é atribuída a mulher e não ao homem.
A cultura machista dessa época é tão forte que nos contos bíblicos nunca os homens tinham problemas de fertilidade, no entanto, esses sempre eram atribuídos às mulheres. A culpa era sempre das mulheres nunca dos homens.
O que era contado por uma mulher nunca era acreditado antes de se comprovar aquilo que fora falado por ela.
Os crentes e afins ainda insistem em dizer que um livro desse é para todas as épocas, podendo suas estórias serem utilizadas como aprendizagem.
Ainda assim há quem diga que a Bíblia não é um livro que aprova diversos preconceitos que isso aparentemente aparecem no Velho Testamento e não no Novo.
Será Mesmo que isso é verdade?
A escravidão e a mulher no Novo Testamento
Vejamos o que diz o apóstolo Paulo, um homem cheio de espírito santo e sabedoria tem a dizer as mulheres de nossos dias. Por certo, ele como um homem tão culto e vivendo numa época bem mais moderna que aquela vivida pelos primeiros hebreus, deva dar exemplos maravilhosos de conduta e respeito para com as mulheres.
“Mulheres, sede submissas a vossos maridos, porque assim convém, no Senhor. Maridos, amai as vossas mulheres e não as trateis com aspereza. Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor. Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados.
Servos, obedecei em tudo a vossos senhores terrenos, servindo não por motivo de que estais sendo vistos, como quem busca agradar a homens, mas com sinceridade de coração, por temor a Deus.” Colossenses3:18-20
Que exemplos espetaculares dá Paulo às mulheres, ele recomenda que elas sejam submissas a seus maridos, ou seja, a recomendação é que as mulheres aceitem um estado de completa subordinação ao homem.
Já aos escravos, o conselho é que permaneçam escravos para sempre. É essa a inspiração divina da Bíblia? São estes os conselhos que vêm da parte de deus? Esses conselhos já eram dados muito antes de haver cristianismo, não há nada de novo ou revelantes neles.
Os conselhos mais sensatos e relevantes para época seriam se Paulo exortasse aos senhores de escravos que estes deveriam tratá-los com mais humanidade e até libertá-los, pois isso era o que o Senhor dos senhores esperavam deles. Que os maridos tratassem suas esposas com dignidade , respeito e as vissem como coiguais.
É bom que vocês se deem conta que os conselhos aqui dados por Paulo é dirigido a cristãos como ele, o que torna mais absurdo ainda tais conselhos.
Paulo como cristão e se dirigindo a outros cristãos deveria exortá-los a não fazer como as pessoas das nações( os gentios) que possuíam escravos e viam suas esposas como submissas. Mas não, o homem cujas palavras são de origem divina aconselha aos seus coirmãos a terem o mesmo comportamento desumano que os das nações.
Vejam agora a maior prova da falta de inspiração da Bíblia nas palavras de Paulo;
“Mas quero que saibais que senhor de todo homem é Cristo, senhor da mulher é o homem, senhor de Cristo é Deus. Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta falta ao respeito ao seu senhor. E toda mulher que ora ou profetiza, não tendo coberta a cabeça, falta ao respeito ao seu senhor, porque é como se estivesse rapada. Se uma mulher não se cobre com um véu, então corte o cabelo. Ora, se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que se cubra com um véu. Quanto ao homem, não deve cobrir sua cabeça, porque é imagem e esplendor de Deus; a mulher é o reflexo do homem. Com efeito, o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher do homem; nem foi o homem criado para a mulher, mas sim a mulher para o homem.
Por isso a mulher deve trazer o sinal da submissão sobre sua cabeça, por causa dos anjos.
Com tudo isso, aos olhos do Senhor, nem o homem existe sem a mulher, nem a mulher sem o homem. Pois a mulher foi tirada do homem, porém o homem nasce da mulher, e ambos vêm de Deus. Julgai vós mesmos: é decente que uma mulher reze a Deus sem estar coberta com véu?
A própria natureza não vos ensina que é uma desonra para o homem usar cabelo comprido?
Ao passo que é glória para a mulher uma longa cabeleira, porque lhe foi dada como um véu.”
1 Coríntios 11:3-15
Paulo em suas palavras acima orienta seus irmãos da cidade de Corinto que o chefe ou cabeça do homem é Jesus, por seu turno, a cabeça da mulher é o homem.
Perceba o machismo em dizer que o homem é senhor da mulher no sentido que a mulher é uma serva, escrava, assim como o homem é um servo ou escravo de Cristo.
O brilhante orador cristão continua a dizer que a chefia do homem sobre a mulher se dá porque o homem não foi feito por causa da mulher, mas que esta, sim, foi feita por causa do homem.
Qual a lógica em se estabelecer uma superioridade de alguém ou de alguma coisa, simplesmente porque algo veio primeiro? Considerar um argumento ridículo desse como válido, seria o mesmo que aceitar máquina de datilografar é superior ao computador só porque ela foi feita primeiro, ou termos que aceitar regimes antidemocráticos deveriam ser observados pois vieram antes que os democráticos.
Quanto mais Paulo aprofunda essa questão mais louca fica sua argumentação. Em seguida, ele diz que o homem não deve cobrir a cabeça porque ele é a glória e a imagem de deus, e que a glória da mulher é o homem. Então ela deve raspar a cabeça ou cobri-la com um véu. Só que ele mesmo reconhece que os cabelos da mulher já é um véu.
Nesse ponto, alguns crentes afirmam que a palavra grega usada por Paulo nessa passagem para véu refere-se a fazer de algo externo, artificial e não seus próprios cabelos.
E as palavras de Paulo se tornam uma palhaçada, quando ele assume que para deus nem o homem e nem a mulher vivem um sem o outro, que o homem vem sim da mulher, mas ambos vem de deus.
Não é isso uma palhaçada?
Se ele mesmo admite que o homem vem da mulher, pois é a mulher que gera filhos e que tanto o homem quanto a mulher procedem de deus, então por que essa discriminação em se determinar que a mulher deva usar véu e o homem não, já que ambos por virem de deus seriam iguais?
O apóstolo se perdeu nas palavras e no final se entregou, pois não há justificativa a não ser que ele como homem pertencente a uma sociedade ainda machista insistia em ver a mulher como inferior.
Em sua primeira epístola ao jovem Timóteo, Paulo menciona novamente a questão de o homem ter sido criado primeiro, logo a mulher deveria ser submissa a ele.
“A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão. Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio. Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva. E não foi Adão que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão. Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade.” 1 Timóteo 2:11-15
“Entretanto, receio que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, também a vossa mente seja de alguma forma seduzida e se afaste da sincera e pura devoção a Cristo.” 2 Coríntios 11:3
Quanto mais o apóstolo para as nações volta a esse assunto, mais besteiras ele acrescenta na tentativa de respaldar seu argumento frágil e sem sentido sobre a submissão que a mulher deveria demonstrar em relação ao homem. Paulo diz que a mulher foi enganada pela serpente e o homem não, logo, a mulher por ser facilmente enganada e iludida devia sua submissão ao homem.
Ocorre que esse argumento é descabido. Primeiro porque ninguém pode ser penalizado por ter cometido algo errado em virtude de engodo de outros. Além disso, se a mulher foi enganada pela serpente, o homem também o foi pela mulher.
Segundo, a Bíblia diz que Eva e Adão não tinham noção nem do bem e nem do mal. Portanto, seria uma insensatez sem tamanho impor a alguém nessas condições a culpa sobre suas atitudes.
E o que será que o filho de deus, Jesus tem para nos orientar nesse sentido?
Será que suas declarações são mais coerentes que as de Paulo, seu apóstolo?
Infelizmente, não!
Jesus como judeu que era seguia a maioria das regras de há muito fixadas pelos seus contemporâneos.
“Não há no Novo Testamento uma só declaração do filho de deus contra a poligamia e a escravidão que ainda eram praticadas em seu tempo e entre seus amados judeus. Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo.” Mateus 25
A passagem acima refere-se a uma das mais famosas parábolas de Jesus. Ela refere-se a um homem que possuía 10 noivas, ou seja, iria ter 10 esposas. E o que isso quer dizer? Quer dizer que o filho de deus simplesmente achava mais que normal a poligamia.
Alguns poderiam dizer: Não! isso é um absurdo, Jesus não aprovava a poligamia.
Só que, em verdade, ele não só aprovava como a via como algo normal, já que como já dito ele era um judeu.
Lembre-se de que as parábolas contadas por Jesus tinham por objetivo facilitar o entendimento daqueles que as ouviam. Jesus as contava porque seus ouvintes a grande maioria era pessoas analfabetas e ignorantes. Elas não possuíam nenhum instrução. Basta vermos que seus discípulos eram pescadores, prostitutas e ladrões, salvo raras exceções.
Assim, quando ele as contava, incluía elementos que eram conhecidos e da familiaridade de seus ouvintes, pois do contrário de nada adiantaria falar-lhes aquelas coisas. Então quando Jesus fala de um homem que iria se casar com 10 mulheres, ele está trazendo uma informação que é corriqueira e vista entre os judeus de seu tempo. E como não há nenhuma reprovação da parte de Jesus do comportamento do imaginário homem da parábola, entendemos que Jesus a aprovava. Até por que é dele o provérbio: “A boca fala daquilo que o coração está cheio
A Bíblia, seja qual for a parte que se tome, o Velho ou Novo testamento é um livro ultrapassado, cheio de ideias machistas, preconceituosas, racistas e imorais.
Engana-se quem pensa o contrário. Ela não tem nada de inspiração divina e nem seus personagens eram homens de caráter exemplar, cujas condutas devam ser copiadas.