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06 Jul
06Jul



Os assassinatos no mundo



No rádio, na televisão e em outros meios de comunicação, ouvimos e vemos diversos relatos de assassinatos cometidos por diferentes pessoas e por diferentes motivos.  

Esses assassinatos, em sua grande maioria, não têm justificativas ou quando as têm, são as mais absurdas e torpes possíveis.

Qualquer pessoa sensata diria que matar alguém seria a última das últimas possibilidades para se resolver qualquer contenda com alguém.



O deus assassino do “Velho Testamento”



Quando lemos a Bíblia, em especial, as muitas passagens e narrativas do Velho Testamento, vemos que deus também mandou que seu povo, Israel, matasse outras pessoas.

Antes de tomar a terra prometida, o deus bíblico mandou que seu povo matasse ou assassinasse todos os povos ali em Canaã, entre as pessoas mortas estariam crianças, grávidas, loucos, mulheres não virgens, bebês e homens, inclusive idosos.

Quando nos debruçamos nesses contos bíblicos, vemos o requinte de crueldade com que os do povo de deus assassinavam aquelas populações canaanitas.

Imaginar que uma bebê foi arrancado dos braços de sua mãe para morrer ao fio de uma espada, é algo de doer o coração de qualquer pessoa que se considere humana.

Imaginar que um pobre velho, que mal consegue andar, estando muitas das vezes imóvel em seu leito, em virtude de o tempo já lhe ter consumido as forças, vir homens armados e sem qualquer piedade tirar-lhe a já tão exígua vida.

Afirmar que assassinatos de pessoas que não tinham a mínima chance de autodefesa, quer por seu estado físico, quer por estar em um número menor que seus algozes, deva ser encarado como natural e aceitável, é no mínimo insensato.

E o mais inaceitável é que todas essas supostas barbaridades não estão catalogadas em um arquivo de boletim de ocorrências de uma delegacia. Não, elas se encontra nas páginas de um livro que deveria pregar a paz, a justiça e o amor ao próximo.


“E tudo quanto havia na cidade destruíram totalmente ao fio da espada, desde o homem até à mulher, desde o menino até ao velho, e até ao boi e gado miúdo, e ao jumento. (...)” Josué 6:21-24


“Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.”  1 Samuel 15:3


“Mas o Senhor, o nosso Deus, entregou-o a nós, e o derrotamos, a ele, aos seus filhos e a todo o seu exército. Naquela ocasião conquistamos todas as suas cidades e as destruímos totalmente, matando homens, mulheres e crianças, sem deixar nenhum sobrevivente.” Deuteronômio 2:33-34


Esses textos são apenas uma amostra dos muitos que podemos encontrar espalhados no Velho Testamento que demonstram os assassinatos praticados pelos servos de deus a seu mando e outros cuja autoria é do próprio deus, Jeová.

Muitas pessoas ficam se perguntando por que Javé, um deus amoroso e misericordioso mandaria fazer coisas como essas.

Mas se deus é bom e justo, então, por que estabeleceu um mandamento que se proíbe justamente matar( assassinar ) e ele mesmo como dador da lei não a cumpre?



As razões de deus para matar 



Será que havia razões para Deus tomar uma atitude dessa?  

Os crentes afirmam que sim. Dizem que a terra de Canaã fora prometida aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, e como os povos de Canaã eram todos idólatras, perversos e imorais, teriam que ser exterminados. Com isso, se praticaria justiça, bem como impediria que os israelitas, quando ocupassem aquelas terras, não fossem influenciados e/ou contaminados com suas práticas.


“Por esse motivo desci a fim de livrá-los das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde mana leite e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus.” Êxodo 3:8


“Quando Jeová vos fizer adentrar a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos heveus e dos jebuseus – território que jurou a vossos antepassados que vos daria, terra onde manam leite e mel ...” Êxodo 13:5


“Da mesma forma vos tenho dito: Tomareis posse de toda a terra que pertenceu a eles um dia, mas que Eu mesmo, de agora em diante, vos dou por possessão, uma terra que mana leite e mel. Eu Jeová, o Eterno, vosso Deus, vos separei desses povos maus.” Levítico 20:24


“(...)e quando o Senhor seu Deus as tiver entregue a vocês, e vocês as tiverem derrotado, então vocês as destruirão totalmente. Não façam com elas tratado algum, e não tenham piedade delas. 


Não se casem com pessoas de lá. Não deem suas filhas aos filhos delas, nem tomem as filhas delas para os seus filhos, pois elas desviariam seus filhos de seguir-me para servir a outros deuses e, por causa disso, a ira do Senhor se acenderia contra vocês e rapidamente os destruiria.” Deuteronômio 7:2-4 


Portanto, segundo as narrativas bíblicas, dois eram os motivos que fizeram com que deus agisse da forma que agiu.

Primeiro, as terras dos cananeus haviam sido dadas como herança aos descendentes de Abraão;

Segundo, os povos que ali habitavam seriam cruéis, imorais e idólatras.

Dizem os crentes ainda que a decisão do deus Jeová poderia ser comparável à qual um governante teria de tomar se um avião repleto de pessoas fosse tomado por um terrorista ameaçando derrubá-lo em meio a uma cidade. O que você faria sendo esse governante? Perguntam os crentes.

Veja o quanto os argumentos dos crentes são vazios. Argumentos fracos e sem sustentação.

Primeiro, um deus todo-poderoso não precisaria matar ninguém na situação apresentada pelos crentes, porque sendo deus, ele simplesmente poderia paralisar com seu poder o tal terrorista e evitar assim a morte tanto das pessoas presentes na aeronave, bem como das possíveis vítimas da cidade sobre a qual o avião seria jogado. Esse deus poderia fazer com que a bomba não detonasse, ainda poderia fazer com que o terrorista tivesse um ataque cardíaco.

Há inúmeras possibilidades para alguém que se diz deus impedir que algo assim ocorra.

Já um governante humano não teria outra opção a não ser abater a aeronave e matar com isso o terrorista e os passageiros. O governante possui limitações, ele não possui poderes mágicos como um deus.

E você? O que faria em situação semelhante?

Quanto à alegação de que o motivo para a chacina patrocinada pelo deus hebreu era porque aqueles povos cometiam adultério, idolatria e perversões sexuais com animais e pessoas, também não encontra amparo nas páginas da Bíblia. Quem afirma o contrário está mentindo!

Porque senão vejamos, se o deus hebreus estivesse mesmo preocupado em proteger seu povo de tantas influências negativas, não teria deixado seu povo por 400 anos no cativeiro lá no Egito.

No Antigo Egito, havia centenas de deuses que eram adorados e aos quais se prestavam sacrifícios de diferentes formas e as orgias sexuais egípcias também não eram tão diferentes das que os cananeus faziam.

Os hebreus, especificamente a tribo de Judá(as outras 11 restantes foram anteriormente destruídas pelos assírios) mais tarde, em 609/607 a.C., seriam levados como cativos para a Babilônia, ficando por lá por mais uns 70 anos.

E durante 70 anos, Jeová, não se importou que seu povo ficasse num ambiente onde o deus supremo era Marduk e que outros tantos deuses menores eram adorados por Nabucodonosor.

Os hebreus inventaram que seu exílio na Babilônia era uma forma de castigo por parte de Jeová, porquanto eles não lhes obedeceu.

Mas você não acha estranho que um deus que queira disciplinar seus servos pelos erros cometidos, os envie justamente para um lugar onde estarão mais propensos a se tornarem mais idólatras e violadores da lei de seu deus? Você enviaria seu filho a um presídio repleto de assassinos, ladrões e estupradores, só para discipliná-lo por um pequeno erro que tenha cometido?

Imagino que não!

Imagine, a seguinte situação: Um dos 5 filhos de um homem havia lhe furtado sorrateiramente à noite sua carteira. Esse homem a fim de disciplinar aquele filho, resolve castigar não só o filho ladrão, mas também os outros 4 filhos. Você acha isso justo?

Bem, se deus levou todos de seu povo ao cativeiro Babilônico, então ele não deu a mínima para aqueles que supostamente obedeciam sua lei.

Ele estaria castigando desse modo os bons (aqueles que obedeciam suas leis) com os maus( os hebreus que não obedeciam suas leis).

O mais correto ou justo seria castigar apenas os violadores, não concorda? Ou seja, deixaria ser levados ao cativeiro somente os violadores e não os que se mantiveram fiéis ao seu nome.

Perceba a falta de coerência nessas mentiras contadas pela Bíblia e pelos crentes que a consideram palavra infalível de um deus.

Se é Jeová que castiga seu povo para discipliná-lo, quem então disciplina os filhos do diabo quando sofrem da mesma forma que os servos de deus? No cativeiro babilônico não havia só hebreus, os babilônios saíram conquistando diferentes povos.

Lembremo-nos do caso de Jacó que foi buscar sua futura mulher entre os idolatras da casa do pai de sua mãe, Labão.

Labão era, de acordo com a Bíblia, um homem idólatra, aliás não só ele, mas toda sua família, já que Raquel era filha de um patriarca e os filhos, em geral, seguiam e adoravam os deuses de seus pais.

José, o decifrador de sonhos, o filho de Jacó, também casou com uma egípcia e teve filhos.

Então por que um deus que se preocupava com os costumes e a moral permitiria que seus servos escolhessem mulheres de um ambiente horrível como esse?

Será mesmo que deus se preocupava com quem os hebreus se relacionavam maritalmente?

É claro que não. São inúmeros os exemplos que vemos hebreus se envolvendo com mulheres adoradoras de deuses falsos. Abraão e tantos outros o fizeram e não foram uma única vez repreendidos pelo seu deus, Jeová.

E o que dizer do grande rei Salomão, será que ele não se envolveu com mulheres idólatras?

O rei que recebeu uma sabedoria incomparável vinda diretamente do deus Javé?

“Salomão aliou-se por casamento, ao faraó, rei do Egito, tomando sua filha por mulher. Levou-a para a cidade de Davi, até que acabasse de construir o seu palácio, o templo do Senhor e o muro em volta de Jerusalém.” 1 Reis 3:1

Viu, não tem nada de povo que não poderia se casar com mulheres idólatras de deuses falsos.                         

Salomão escolheu como esposa uma egípcia adoradora de diversos deuses, ele não cumpriu o que estava na lei onde dizia que hebreus só deviam se achegar aos de seu povo. 

Onde está a separação do povo santo que não admitia adoradores de ídolos?

E Salomão mesmo depois de ter escolhido outras esposas de entre povos idólatras, seu deus Jeová o abençoou e disse que ele receberia grande sabedoria e riquezas.

Percebam também que a lei dos hebreus que supostamente viera de Javé não tinha qualquer lógica. Por que não?

Porque a lei proibia esses relacionamentos como se não houvesse, entre os próprios hebreus, tio casado com sobrinha, irmão casado com a mulher do irmão, irmãos casados e assim por diante. Por acaso, esses que já se encontravam nessa situação teriam que deixá-la para não serem acusados pecadores da mesma laia dos cananeus?

E veja quanta incoerência! Quem foi que já se viu alguém ser condenado por não cumprir uma lei ou um costume imposto a outro povo? O deus hebreu condenava os cananeus porque eles não cumpriam aquilo que a lei judaica criada a pouquíssimo tempo, em pleno deserto e somente aos olhos dos hebreus, reprovava.

Mas a lei não era universal, era apenas para Israel, tanto é verdade que o deus hebreu disse que a lei separava seu povo dos outros povos. Israel era propriedade exclusiva de Jeová, eles e somente eles( e os que com eles estivessem em suas fileiras) que deveriam observá-la. 


“E a vós vos tenho dito: Em herança possuireis a sua terra, e eu a darei a vós, para a possuírdes, terra que mana leite e mel. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos separei dos povos.” Levítico 20:24


“E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus.” Levítico 20:24


O deus imaginário hebreu já condenava os cananeus mesmo antes de ele ter estabelecido sua lei moral que não tinha nada de moral.

Como é que alguém pode ser condenado à morte sem que tenha a oportunidade de, pelo menos, conhecer a lei pela qual será julgado ou condenado? E o mais grave, a lei nem existia e Jeová já os condenava!

Já pensou condenarmos os índios por andarem nus sem lhes mostrar quais as nossas leis e costumes?

Você imporia um castigo a seu filho ou filha sem antes contar-lhes quais as regras dentro de sua casa deveriam por eles ser seguidas?

Matar os cananeus por causa de seu envolvimento com parentes, parece não ser uma boa desculpa e nem parece justificável. Vez que os israelitas também mantinham relacionamentos maritais com seus parentes.

Na prática, a ordenança, – criada pelos hebreus e não por deus algum –, que proibia a aproximação sexual entre parentes nunca foi cumprida.

Era apenas um ideal que nunca talvez tenha saído do papel ou de suas próprias cabeças. Do mesmo modo que o ideal que tinham de deuses.


“E, quando um homem tomar a sua irmã, filha de seu pai, ou filha de sua mãe, e vir a nudez dela, e ela a sua, torpeza é; portanto serão extirpados aos olhos dos filhos do seu povo; descobriu a nudez de sua irmã, levará sobre si a sua iniquidade.

Também a nudez da irmã de tua mãe, ou da irmã de teu pai não descobrirás; porquanto descobriu a sua parenta, sobre si levarão a sua iniquidade. Quando também um homem se deitar com a sua tia descobriu a nudez de seu tio; seu pecado sobre si levarão; sem filhos morrerão. E quando um homem tomar a mulher de seu irmão, imundícia é; a nudez de seu irmão descobriu; sem filhos ficarão. Guardai, pois, todos os meus estatutos, e todos os meus juízos, e cumpri-os, para que não vos vomite a terra, para a qual eu vos levo para habitar nela. E não andeis nos costumes das nações que eu expulso de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; portanto fui enfadado deles.” Levítico 20: 17,19-23


Quando os hebreus adentraram em Canaã, foi dito por Jeová que não poderiam dar seus filhos em casamentos às mulheres de tribos diferentes.

Israel era constituída de 12 tribos irmãs que foram formadas a partir de um ancestral comum, Jacó.

Daí, segundo a ordenança acima, um homem da tribo de Manassés não poderia se casar com uma mulher, por exemplo, da tribo de Dã, da de Rúben, Simeão, Judá, Zebulom, Issacar, Gade, Aser, Naftali, Benjamim e Efraim.  

Os casamentos só seriam permitidos entre pessoas de uma mesma tribo. O objetivo dessa proibição marital entre pessoas de diferentes tribos se dava porque caso houvesse esses coitos, uma tribo ficaria mais rica que outra a ponto até de uma ficar sem nenhuma herança ou mesmo deixar de existir, o que invalidaria a promessa de Jeová de distribuir aquela terra entre os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.


“Assim a herança dos filhos de Israel não passará de tribo em tribo; pois os filhos de Israel se chegarão cada um à herança da tribo de seus pais. E qualquer filha que herdar alguma herança das tribos dos filhos de Israel se casará com alguém da família da tribo de seu pai; para que os filhos de Israel possuam cada um a herança de seus pais. Assim a herança não passará de uma tribo a outra; pois as tribos dos filhos de Israel se chegarão cada uma à sua herança.” Números 36:7-9


E, na prática, o que significava essa ordem?

Simplesmente que os hebreus tinham que se casar(?) com seus parentes mais próximos. 

Ademais, os hebreus já praticavam há muito tempo o costume de ter relações entre parentes. Abraão, era casado com sua meia-irmã, Sara; Isaque casou com uma parenta; Jacó casou com sua prima e Ló transou e gerou dois filhos com suas filhas, quando embriagado por elas, certa vez.

Havia também um costume/lei que permitia que um irmão morrendo e não deixando descendentes seu outro irmão mesmo sendo casado com outra mulher poderia pegar a viúva de seu irmão como sua e gerar filhos, os quais não seriam do gerador, mas sim, do falecido. Essa prática permitiria, além de outras coisas, que a descendência e a herança do falecido não desaparecessem ou fossem parar nas mãos de outra tribo. Ou seja, embora houvesse as proibições de se manter relações sexuais com parentes, por ser algo abominável e portanto, punível com a morte dos desobedientes, a lei abria exceções, ou era invalidada.


“Quando dois irmãos moram juntos e um deles morre sem deixar filhos, a mulher do morto não sairá para casar-se com um estranho à família. O irmão do marido se casará com ela e cumprirá com ela o dever de cunhado. O primeiro filho que ela der à luz tomará o nome do irmão falecido, para que o nome deste não se apague em Israel.” Deuteronômio 25:5,6


“Mestre, Moisés ensinou que se um homem morrer sem deixar filhos, seu irmão deverá casar-se com a viúva e dar-lhe descendência.” Mateus 24:22                                        
Há o caso em que Judá transou com a mulher de seu filho falecido imaginando tratar-se de uma prostituta. Para Judá ter relações com prostitutas era algo natural e não tinha nada de imoral nisso. Gênesis 38

Percebeu o absurdo? É de fazer rir. Pra Jeová, os cananeus quando tinham por mulher a esposa de seu irmão, ou o pai pegava a nora como sua, eles cometiam um pecado abominável, mas quando o hebreu fazia isso para preservar a linhagem de seu falecido irmão, não podia ser visto como pecado mortal. Dois pesos e duas medidas seria o nome dessa atitude de Jeová!

E muitas dessas situações ocorreram já havendo a lei de Moisés, o que não justificariam as respostas de alguns em dizer que essas práticas eram permitidas porque não havia ainda a lei.

Sem falar que esse argumento é totalmente risível, posto que os hebreus, nesse caso, não poderiam acusar os cananeus de imorais, porque essas mesmas práticas também haviam sido praticadas por eles não muito tempo atrás, mesmo que agora tivessem uma lei as proibindo. 

Sem falar que haveria ainda entre os próprios hebreus parentes casados que se juntaram antes de a lei existir. Os relacionamentos já constituídos não poderiam ser desconstituídos. A lei não previa que houvesse mudanças desse tipo.

Um hebreu falar de um cananeu, acusando-o de imoral, seria o mesmo que um sujo estar falando de um mal lavado, ou a aplicação do conselho de Jesus ao dizer: “Tira primeiro o argueiro de teu próprio olho ...”

Moisés mesmo nasceu de um desses coitos tidos em sua lei como imoral e condenável à morte.


Êxodo 6: 20 “ E Anrão tomou por mulher a Joquebede, sua tia, e ela deu-lhe Arão, Moisés e Miriã.”


Vejamos, exemplos, que nos mostra que na prática não havia proibição alguma, mesmo depois que a Lei de Moisés foi estabelecida.

A Bíblia, em 2 Samuel 13, nos conta que um dos filhos do rei Davi, se apaixona pela sua meia-irmã, Tamar, e a deseja ardentemente.

Para se saciar sexualmente, ele preparou uma cilada para a irmã. Depois que conseguiu seu intento, ele expulsa a irmã de seus aposentos como se ela fosse uma prostituta.

Ela diz, por ocasião do estupro, o seguinte: “Porém ela lhe disse: Não, meu irmão, não me forces, porque não se faz assim em Israel; não faças tal loucura. Porque, aonde iria eu com a minha vergonha? E tu serias como um dos loucos de Israel. Agora, pois, peço-te que fales ao rei, porque não me negará a ti.” 

De acordo com as palavras finais de Tamar antes de ser estuprada pelo próprio irmão, Amnom, não havia proibição alguma de irmãos se relacionarem entre si, sobretudo, os que pertenciam a nobreza. O que demonstra que a lei de Moisés era apenas um ideal, os hebreus não a viam como uma imposição a ser observada de forma absoluta. 


“Quando dois irmãos moram juntos e um deles morre sem deixar filhos, a mulher do morto não sairá para casar-se com um estranho à família. O irmão do marido se casará com ela e cumprirá com ela o dever de cunhado. O primeiro filho que ela der à luz tomará o nome do irmão falecido, para que o nome deste não se apague em Israel.” Deuteronômio 25:5,6


Eis aí outro texto que mostra os relacionamentos de parentes após a lei de Moisés. 



E a lei dos outros povos



Devemos ter em mente também que as outras nações já haviam instituído suas leis muito, muito tempo antes que os hebreus que nem ler sabiam.

Tome como exemplo, o caso em que Moisés teve que fugir do Egito por ter matado um egípcio. Você acha que os egípcios queriam matar Moisés por que a lei do deus hebreu dizia” Não deves matar” ou por que no Egito já se proibia assassinatos? Os hebreus nem sonhavam que iriam para o deserto receber as ditas leis sagradas, por essa ocasião!

Os povos ditos pagãos já possuíam leis e organização social, enquanto os hebreus ainda não passavam de tribos primitivas.

Você acha que a proibição de adulterar, roubar e matar era criação do deus hebreus a partir de Moisés?

Tem que ser muito bobo para achar que o mundo a parte dos hebreus vivia em total desordem moral e social. E que leis de convívio social surgiram por vontade de uma deidade israelita.

Se fosse verdade essa ideia, os hebreus seriam as pessoas mais bem desenvolvidas daqueles tempos e os outros povos viveriam numa total desordem moral e social. Mas eram justamente o contrário!

Os hebreus eram um dos povos mais atrasados por aquelas bandas da Palestina. Segundo os contos bíblicos, eles vagueavam por entre terras estrangeiras, eram nômades. Pessoas assim têm pouca identidade.

Os hebreus copiaram, por diversas vezes, costumes e até a forma de se organizar socialmente de outros povos. Mostrando que não havia nada de orientação divina nas decisões que tomavam.

Por exemplo, os povos cananeus e seus vizinhos já haviam estabelecido há muito tempo a monarquia, enquanto que os hebreus não possuíam forma de governo alguma, estavam divididos em tribos, sob a liderança de diferentes chefes tribais.

Observando como seus vizinhos se organizavam que os hebreus, segundo a Bíblia, estabeleceram a monarquia sob a regência de Saul, Davi e Salomão.

O sacerdócio que eles criaram a partir da tribo de Levi foi copiado, bem provavelmente de seus vizinhos, sobretudo dos egípcios. 

Nunca possuíram cidades fortificadas com muros. Nem o papiro, material usado para escrever e que foi usado pelos escritores bíblicos, conseguiram inventar. Seu deus, o todo poderoso, nem isso os inspirara a fazer, porém, ante sua primitividade e incapacidade preferiu escrever em pedras.

A mentira da estória bíblica é tão flagrante que não há vestígios nenhum dessas leis que foram registradas em pedras.

Os egípcios, babilônios, os sumérios, os incas e outros deixaram algo em pedra, mas os hebreus que afirmam ter deixado, nada foi encontrado. 

Outros crentes querendo justificar as matanças de seu deus imaginário, afirmam que o verbo em hebraico usado para matar não significa simplesmente matar, mas teria o significado de assassinar sem motivos.

Pense um pouco: Que motivo por mais relevante que fosse, justificaria alguém matar ao fio da espada sem qualquer direito à defesa um bebê de peito ou mesmo uma mulher grávida, ou ainda um velhinho que mal conseguia andar?

Procure esse motivo e responda para si mesmo!

Isso se chama intolerância, barbárie e pura ignorância, tanto dos crentes que insistem em defender as barbáries que encontramos na Bíblia, quanto dos hebreus que se diziam povo especial; e que não eram.

Outros dizem ainda que deus é deus e como tal ele tira a vida de quem ele quer, pois não precisa justificar suas atitudes para humanos que não entendem sua forma de agir.

Essa é a resposta de quem não encontra fundamentos justificáveis para os diversos assassinatos praticados por deus.

Nas escrituras, encontramos a justificativa do próprio deus em querer matar aquelas pessoas. Ele afirma que é por causa da maldade e práticas daquelas pessoas que elas deveriam morrer e não por ele ser deus e querer fazer o que lhe dava na telha. Além disso, não é essa a atitude de um deus que diz que nos amou primeiro. Essa não seria a atitude mais acertada por um deus que, se supõe, teria dado seu próprio filho para salvar pecadores.

Temos também, para desmentir a falácia de que deus é deus e ele faz o que quer, o exemplo em que Jeová queria matar todos os hebreus e fazer a partir de Moisés um outro povo. Nessa ocasião, Jeová foi aconselhado por Moisés a desistir desse intento. O que prova, por certo, que Jeová não faz tudo que pensa e o que quer, e não dar a mínima para os outros por ele ser deus.

Ainda temos a declaração do profeta, Ezequiel.


“Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?” Ezequiel 18:23


Não importa se houve erro na tradução do verbo que estava no hebraico que queria dizer assassinar sem causa ou motivo. A questão é que um deus que se diz todo-poderoso usou de meios que só humanos usavam naqueles tempos brutais para resolver seus problemas.

Em todas as passagens bíblicas, deus só consegue resolver os problemas que surgem com uma só atitude-- matar ou assassinar. Com o deus da Bíblia não havia conversa, a única coisa que vinha a sua mente era exterminar.

O método do deus hebreu para disciplinar alguém, isso quando sobrava alguém, era matar e matar.

Com Adão e Eva, ele impôs a pena de morte.

Com os contemporâneos de Noé, ele exterminou a todos entre os quais estavam crianças de peito, mulheres grávidas, jovens, deficientes e idosos.

Com os egípcios, ele matou todos os primogênitos entre homens livres e escravos e até animais.


“E Faraó levantou-se de noite, ele e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.”  Êxodo 12:30


“Pois naquela noite passarei pela terra do Egito e matarei todo primogênito na terra do Egito, desde homens até animais; e executarei o julgamento contra todos os deuses do Egito. Eu sou Jeová. O sangue servirá de sinal para vocês nas casas em que estiverem; eu verei o sangue e passarei vocês por alto, e a praga não virá sobre vocês para destruí-los quando eu golpear a terra do Egito.” Êxodo 12:12-13


Será mesmo que o deus bíblico, Jeová, queria ter um povo separado?

Por certo que não! Como vimos anteriormente, Jeová não dava a mínima para essa regra, os hebreus podiam ter mulheres de toda sorte.

Um outro exemplo da mentira de povo separado, está em Gênesis 34, aqui, a filha de Jacó, Diná, atrai a atenção de um cananeu que a violenta sexualmente.

Seus irmãos ficam sabendo do fato e propõem um falso acordo com o rapaz e seu povo.

O acordo era que após serem circuncidados, eles poderiam pegar as filhas dos hebreus como suas mulheres e os hebreus, do mesmo modo, poderiam pegar as filhas deles como suas.

Os pobres cananeus aceitaram aquele acordo sem saber que tudo não passava de uma armadilha mortal por parte dos servos de deus, que, nas passagens bíblicas, se mostram fingidos e traiçoeiros.

Ora, dois filhos de Jacó invadem armados com espadas a cidade e em seguida matam a todos os homens ali.

Essa estória além de revelar o quanto os hebreus eram mau caráter e cruéis, mostra também o quanto a Bíblia está repleta de inúmeras mentiras.

Seria humanamente impossível que apenas dois homens matassem todos os homens de uma cidade sem que eles mesmos não fossem mortos. A não ser que a cidade falada nesse conto não passasse de um vilarejo com dez ou 30 pessoas desarmadas.

Sim, nesse conto das Arábias bíblicas, os dois hebreus saqueiam a cidade e levam cativos as mulheres e crianças dos homens que foram mortos.

Esse fato derruba a mentira dos crentes de que deus queria um povo separado. Os hebreus aqui tomaram para si mulheres pagãs, adoradoras de ídolos de toda sorte. 

Lembrem de que os filhos de Jacó já tinham famílias, ou seja, tinham mulheres e filhos. Contudo, levaram cativas as mulheres dos cananeus.

O que você acha que eles fariam com essas mulheres?

É óbvio que as mulheres seriam usadas como escravas, algumas seriam, provavelmente, vendidas e outras serviriam como escravas sexuais. Você duvida? Esses homens venderam o próprio irmão como escravo, não se esqueçam disso!

Você acha que só os homens daquela cidade que não prestavam porque eram incircuncisos a ponto de os hebreus só quererem preservar somente as mulheres e crianças?


“No terceiro dia, estando todos ainda doentes, os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Dina, tomaram cada um sua espada, penetraram na cidade, que de nada desconfiava, e mataram todos os varões. Passaram ao fio de espada também Hemor e Siquém, seu filho; tiraram Dina da casa de Siquém e foram-se. Os filhos de Jacó caíram impetuosamente sobre os mortos e assolaram a cidade, porque haviam ultrajado sua irmã. Tomaram suas ovelhas, seus bois, seus jumentos e tudo o que havia na cidade como nos campos. E levaram como espólio todos os seus bens, seus filhos, suas mulheres e tudo o que se encontrava em suas casas.”  Gênesis 34:25-29




Jeová e suas guerras santas



O que é um guerreiro?

Guerreiro é uma pessoa habitualmente envolvida em guerra e/ou com habilidades para engajar-se em combate.

O deus da bíblia é chamado de Jeová dos exércitos, Senhor dos exércitos, deus guerreiro.


“Bendito seja o Senhor, a minha Rocha, que treina as minhas mãos para a guerra e os meus dedos para a batalha.” Salmos 144:1


“Dizendo-lhe: ‘Assim diz o Senhor: Estou contra você. Empunharei a minha espada para eliminar tanto o justo quanto o ímpio. Uma vez que eu vou eliminar o justo e o ímpio, estarei empunhando a minha espada contra todos, desde o Neguebe até o norte.”  Ezequiel 21:3-4


O que se pode esperar de um deus que se autointitula assim?

Conforme a definição de um site na internet, guerreiro é quem se envolve em atividades de guerra. Daí porque vemos Jeová matando, roubando, saqueando, assassinando e mentindo em diversas partes da Bíblia.

Essas são as atitudes de um guerreiro e como tal Jeová não seria diferente.

Para que alguém teria um exército naquele tempo se não para matar?

O título de deus guerreiro era dado a tudo que era deus por aquelas bandas.

O que temos de entender em primeiro lugar quando lemos a Bíblia, é que os povos antigos, inclusive os hebreus, precisavam de mulheres para gerar filhos, terras férteis e fontes de água para si e para seus animais. Ocorre que esses recursos eram sempre escassos. Assim, esses povos eram obrigados a se deslocar de seus territórios e se dirigir a outros, onde esses recursos poderiam ser obtidos.

Como os homens ficavam dias, semanas, meses e anos distantes de seus lares e famílias, sem nenhum contato sexual, quando entravam em vilarejos e cidades saíam estuprando as mulheres, meninas e meninos que encontravam.

Na busca de novos territórios, se praticavam todas essas atrocidades e como esses povos, sem exceção, eram politeístas, atribuíam suas vitórias aos seus deuses guerreiros.

“Então os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer um grande sacrifício ao seu deus Dagom, e para se alegrarem, e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo. Semelhantemente, vendo-o o povo, louvava ao seu deus; porque dizia: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e ao que destruía a nossa terra, e ao que multiplicava os nossos mortos.” Juízes 16:23,24


Do mesmo modo os hebreus quando em guerra atribuíam suas vitórias aos seus deuses.

Você acha certo que um homem casado e com diversas mulheres mate os filhos de outro e tome para si sua casa, mulher e suas filhas?

É assustador imaginar que isso talvez tenha ocorrido de fato.

Mas ocorreu, sim, pelo menos, é isso que nos quer fazer crer os escritores bíblicos.


“Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os entregar nas tuas mãos, e tu deles levares prisioneiros. E tu entre os presos vires uma mulher formosa à vista, e a cobiçares, e a tomares por mulher. Então a trarás para a tua casa; e ela rapará a cabeça e cortará as suas unhas. E despirá o vestido do seu cativeiro, e se assentará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; e depois chegarás a ela, e tu serás seu marido e ela tua mulher. 

E será que, se te não contentares dela, a deixarás ir à sua vontade; mas de modo algum a venderás por dinheiro, nem a tratarás como escrava, pois a tens humilhado. Quando um homem tiver duas mulheres, uma a quem ama e outra a quem despreza, e a amada e a desprezada lhe derem filhos, e o filho primogênito for da desprezada. Será que, no dia em que fizer herdar a seus filhos o que tiver, não poderá dar a primogenitura ao filho da amada, preferindo-o ao filho da desprezada, que é o primogênito. Mas ao filho da desprezada reconhecerá por primogênito, dando-lhe dobrada porção de tudo quanto tiver; porquanto aquele é o princípio da sua força, o direito da primogenitura é dele.”  Deuteronômio 21:10-23


No fragmento de texto acima, Jeová manda os hebreus, quando em guerra, matarem seus inimigos e, em seguida, se dentre os prisioneiros constituídos de mulheres, houver ali uma formosa, poderiam tomá-las como mulher sua.

E o que aconteceria com as feias e não muito formosas, ou velhas?

Ainda, podemos notar que, ainda se casado, o homem hebreu poderia pegar essa mulher formosa e tê-la como sua esposa.

A crueldade demonstrada nessa passagem é imensa, ela retrata toda a brutalidade e ignorância dos israelitas, a mulher quando tomada por esposa  poderia ser mandada embora, caso ele com o tempo não se agradasse dela.

A problemática é, para onde iria essa mulher cujos pais e mesmo marido e filhos foram mortos por aquele que a manda embora? Para que terras ela iria, sendo que seu lar já teria sido sitiado pelos hebreus?

Quem pode ver atitudes de um deus amoroso, misericordioso e justo nisso tudo? Só há maldades!

Vemos, nessa pequena passagem, que o deus hebreus não proibia seu povo de se relacionar com outros povos para que estes não o influenciassem para práticas imorais e idólatras, e entendemos também que esse deus não se preocupava com monogamia alguma, a regra era a poligamia “Quando um homem tiver duas mulheres, uma a quem ama e outra a quem despreza, e a amada e a desprezada lhe derem filhos, e o filho primogênito for da desprezada.”

Esse deus é o ser mais desprezível e imoral que existe, isso se ele existisse realmente, é claro. Além de ele aprovar a possibilidade de um hebreu possui várias mulheres, ele vê como algo natural esse homem poder desprezar uma de suas mulheres por algo de que ele não goste nela!

Vocês não veem que isso não tem nada de deus, que isso são atitudes puramente humanas? Será que alguém consegue ser tão idiota para não perceber isso? 

Esse deus hebreu não tem nenhuma honradez!

E o mais lamentável e que nos causa repulsa é que o deus hebreu fala que se o hebreu em guerra cobiçasse ou desejasse a mulher do inimigo, o mataria e ficaria com sua mulher e filhas, mas mataria os filhos homens.

Não proíbe ele em um de seus mandamentos cobiçar a mulher, a casa, o escravo e o animal do próximo?

Mas você sabe a quem o hebreu via como seu próximo?

“O próximo” de um hebreu era outro hebreu. Um hebreu não poderia desejara a mulher, o escravo, o gado de outro hebreu, mas os bens de outro homem que não fosse hebreu, por exemplo, um filisteu, era permitido.

Você consegue enxergar alguma atitude nobre nas práticas desse deus e seu povo?


“Quando te achegares a alguma cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz. E será que, se te responder em paz, e te abrir as portas, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá. Porém, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás. E o Senhor teu Deus a dará na tua mão; e todo o homem que houver nela passarás ao fio da espada. Porém, as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu o Senhor teu Deus. Assim farás a todas as cidades que estiverem mui longe de ti, que não forem das cidades destas nações. Porém, das cidades destas nações, que o Senhor teu Deus te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida. Antes destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos perizeus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor teu Deus. Para que não vos ensinem a fazer conforme a todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor vosso Deus. Quando sitiares uma cidade por muitos dias, pelejando contra ela para a tomar, não destruirás o seu arvoredo, colocando nele o machado, porque dele comerás; pois que não o cortarás (pois o arvoredo do campo é mantimento para o homem), para empregar no cerco.” Deuteronômio 20:10-19


Agora, nessa passagem, Jeová faz uma separação entre quais mulheres aprisionadas poderiam os hebreus pegar para si. Eles deveriam matar seus maridos e preservar as mulheres, seus filhos e animais, desde que essas mulheres não fossem dentre cananeus e seus vizinhos.

Mas pense um pouco, será que só os cananeus adoravam deuses falsos, transavam com parentes e faziam orgias sexuais com animais?

Absolutamente que não, pois a tal lei santa só foi dada a Israel e só Israel era o povo santo e escolhido pelo deus bíblico.

Segundo a concepção contida na Bíblia, só Israel adorava e praticava as leis morais e costumes transmitidos por Javé na teoria, é claro!

E o qual a importância disso?

Isso prova que os crentes mentem quando diz que no hebraico a palavra “matar” foi mal traduzida e que deveria ser traduzida por assassinar que quer dizer “matar alguém sem motivos”.

Pois vemos nitidamente aqui que não havia motivos para matar, porquanto não há justificativa em alguém mandar matar a fim de que os assassinos peguem as mulheres, crianças e animais dos mortos. Por acaso, as mulheres não cananeias não adoravam também outros deuses e faziam práticas imorais? Será que esses animais não foram usados em rituais imorais que os contaminavam, tornando-os impuros?

Os crentes são mentirosos ou muito tolos que não conseguem interpretar um livro tão simplório quanto à Bíblia. Se os motivos de deus para “assassinar” eram sua promessa a Abraão, as práticas imorais e idólatras dos cananeus, então o ele é um mentiroso, pois vemos em diferentes episódios que ele mandou matar todas as vezes que um povo não queria ser tributário ou servo dos hebreus.

Isso é motivo para matar velhos, crianças de peito e homens de um povo por inteiro?

Os hebreus, como podemos observar, cobiçavam as mulheres e as coisas de outros povos.

Os hebreus queriam viver da exploração do trabalho escravo de outros povos!

Os hebreus praticavam a guerra com os mesmos objetivos dos demais povos, não tinha nada de moralidade ou ordenança divina. Eles queriam apenas expandir seus territórios, matando, estuprando e constituindo escravos entre os conquistados. Interesses e condutas totalmente humanas conduziam a marcha dos hebreus por territórios estrangeiros.

Para provar que os hebreus cometiam crimes, quando faziam esses assassinatos sem motivos e que os crentes tentam encobrir com a falácia da má tradução do hebraico para o português, vejam essa passagem:


“E pelejaram contra os midianitas, como o Senhor ordenara a Moisés; e mataram a todos os homens. Mataram também, além dos que já haviam sido mortos, os reis dos midianitas: a Evi, e a Requém, e a Zur, e a Hur, e a Reba, cinco reis dos midianitas; também a Balaão, filho de Beor, mataram à espada. Porém, os filhos de Israel levaram presas as mulheres dos midianitas e as suas crianças; também levaram todos os seus animais e todo o seu gado, e todos os seus bens. E queimaram a fogo todas as suas cidades com todas as suas habitações e todos os seus acampamentos. E tomaram todo o despojo e toda a presa de homens e de animais.” Números 31:7-11


“E indignou-se Moisés grandemente contra os oficiais do exército, capitães dos milhares e capitães das centenas, que vinham do serviço da guerra.
E Moisés disse-lhes: Deixastes viver todas as mulheres?


Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças, e matai toda a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele. Porém, todas as meninas que não conheceram algum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para vós. E alojai-vos sete dias fora do arraial; qualquer que tiver matado alguma pessoa, e qualquer que tiver tocado algum morto, ao terceiro dia, e ao sétimo dia vos purificareis, a vós e a vossos cativos.
Também purificareis toda a roupa, e toda a obra de peles, e toda a obra de pelos de cabras, e todo o utensílio de madeira.” Números 31:14-20


De novo, Jeová mandando os hebreus pegarem mulheres entre outros povos. Jeová é um deus que patrocina o estupro e escravidão.

Pense, o que Moisés queria dizer com “todas as meninas que não conheceram algum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para vós.”? O que eles queriam com essas crianças virgens?

Por acaso as mulheres virgens não eram adoradoras de outros deuses?

Você acha nisso alguma coisa sagrada, uma ordem divina?

Imagine também como era que eles sabiam quem eram as virgens ou não. Veja quanta maldade que esses hebreus imprimiam àquelas pobres meninas quando buscava entre elas as virgens.

Pois bem, o texto diz que os homens, que tivessem matado alguém ou tocado em algo que fora morto por eles, deveriam se afastar do arraial por sete dias. E para quê?

Para se purificarem do pecado que haviam cometido em matar tantas pessoas.

Portanto, se os hebreus tinham que ficar recolhidos e se purificarem, isso é prova de que eles cometeram assassinatos sem causa, pois do contrário,  não precisariam se purificar por algo que não haviam cometido de errado.

A Bíblia não tem nada de inspiração divina, o que vemos em suas muitas páginas é um povo que vivia num tempo em que a ordem e a moral não eram as que temos hoje.

Imaginar que um povo constituído de tribos poderia possuir padrões de moral e justiça melhores do que temos hoje é fechar os olhos e viajar na maionese.

As atitudes dos hebreus eram as mesmas que os povos que movidos por seus desejos de conquistas e muito ódio, saíam executando outros que apareciam em seu caminho.

Os povos estavam sempre em constantes mudanças de um lugar para outro. Buscavam ampliar seus domínios, daí o motivo de haver tantos conflitos armados. E quando essas massas de homens se deslocavam por dias, meses e até anos invadiam territórios alheios e ali, costumavam cometer as mesmas barbaridades que as que eram cometidas pelos hebreus. Estupravam mulheres e meninas, matavam os homens, idosos e crianças, principalmente as do sexo masculino, já que esses poderiam mais tarde querer vingar seus pais, quando crescidos.

Os hebreus em seus contos atribuíam suas vitórias ao seu deus(es)(Elohim), do mesmo modo, os povos antigos atribuíam às suas aos seus deuses(Elohim) também.

Não precisamos recuar tanto na História, para vermos que coisas muito similares aconteceram. As conquistas das Américas por portugueses, espanhóis e ingleses, por exemplo, foram marcadas pelos estupros coletivos cometidos pelos soldados contra as índias, enquanto seus maridos e filhos eram escravizados.

Assistíamos aos filmes de faroeste festejando e aplaudindo quando um soldado ou um colono americano atirava e matava um índio. Nem imaginávamos que os verdadeiros heróis, nesses filmes produzidos por Hollywood, na verdade, eram os pobres índios que tiveram suas terras invadidas, suas esposas e filhas mortas ou estupradas.

Os indígenas lutavam por suas próprias vidas e seu direito natural de possuir aquelas terras como suas. Os colonos eram os invasores que deveriam ser expulsos e não os índios. Os invasores queriam tomar à força as terras alheias.

A História dos hebreus pela terra prometida é a mesma coisa. Assim como Hollywood que era uma produtora americana representou os colonos americanos em seus filmes como sendo heróis corajosos e não os indígenas que apareciam cortando a cabeça dos colonos e tocando fogo em suas casas; os escritores bíblicos que eram hebreus também apresentaram os hebreus como o povo separado e justo que adoram o verdadeiro deus, enquanto que os outros povos foram retratados como sendo adoradores de deuses falsos, praticantes de imoralidades e tantas outras acusações.

A conquista da terra prometida, se ocorreu de fato, pelos hebreus, nos mostra que eles eram invasores e bandidos que ocuparam terras que não lhes pertenciam. Sim, os hebreus é que deveriam ser mortos e expulsos e não os povos cananeus. Os legítimos donos daquelas terras eram eles e não os hebreus.

As religiões nos enganaram, a Bíblia é apenas um livro de autoria humana, cujos escritores se preocuparam em nos mostrar a sua realidade. Eles não quiseram criar um livro de moral, ética e bons costumes a ser seguido por todos, as estórias que foram assentadas na Bíblia tinham um só propósito, qual seja, criar uma identidade de um povo guerreiro e viril. Nunca tiveram pretensão alguma de ser um modelo a ser copiado pelos outros povos, até porque eles se colocavam como um povo melhor que os outros. 

Suas estórias estão repletas de exageros e mentiras. Seus heróis são retratados como quase invencíveis. 

Quando adotaram a monoteísmo, passaram a retratar em seus escritos um  deus que fez diversos feitos. Sendo que esses feitos nunca foram capazes nem de convencer eles mesmos de que seu deus era tudo aquilo. De tempos em tempos recorriam aos deuses que chamavam de falsos, mas os adoradores desses deuses falsos nunca recorreram ao deus hebreu.





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